segunda-feira, outubro 12, 2009

Propaganda política na internet: controlar ou liberar?


Os meios de comunicação surgiram com a missão de ser um instrumento de comunicação do homem, uma forma dele interagir e se expressar. A política surgiu inicialmente com a ideologia de manter em ordem o que chamamos de sociedade, manter relações com os outros países e visar o melhor para o cidadão.

No mundo das ideias tudo é perfeito, infelizmente no mundo real, os objetivos se distorcem, os ideais mudam e os propósitos se corrompem. O que vemos nas eleições anteriores e as que a antecedem é um jogo de mentiras e falsas ilusões transmitidas duas vezes por dia em 40 minutos. A política tem a mídia como seu instrumento para chegar até o povo, para convencê-lo e, muitas vezes, até para enganá-lo.

Desde que me entendo por gente acompanho as propagandas obrigatórias que são exibidas no rádio e televisão. Mas ao que parece estas não são o suficiente para propagar a enxorrada de candidatos e partidos, estes querem invadir outra praia, a internet. O meio de comunicação que mais vem se expandindo deveria abrir as portas para o controle político?

A internet é conhecida por seu território "livre", um lugar onde todos podem expor suas ideias e opiniões. A nova lei do Congresso Nacional procura delimitar esta "liberdade" para que os principais portais de comunicação não deixem de ser jornalísticos e passem a ser publicitários. Como sempre, a ideia é ótima, mas como regular e controlar propagandas políticas em um espaço tão amplo como a internet se não conseguem fazer isto em meios de comunicação com mais fiscalização como a TV, rádio e impresso?

A lei prevê que a pessoa que fizer propaganda de um candidato sem um motivo jornalístico que justifique deverá pagar uma multa de R$ 5 mil a 30 mil reais. No entanto fica uma brecha (Ou diria cratera?), as propagandas ou expressões de opiniões serão permitidas em blogs, sites de relacionamento como o ORKUT e de mensagens instantâneas como o TWITTER. O Congresso não levou em conta que sites como estes são os mais acessados pela população e que uma propaganda ali teria bem mais efeito e visibilidade do que faria em um portal de comunicação.

O fato é que o Congresso pretende tapar o sol com a peneira ao propor uma lei como esta. Tudo que está fazendo é dar uma falsa ideia de proibição. Infelizmente, a internet já é um meio de execução das propagandas políticas, como profiles com mensagens do tipo "Vote em mim, eu prometo isso". Por isso, só resta ao Congresso inventar uma lei mais criativa e que seja mais global.

A boa notícia é que ainda podemos fugir disto, é só apertar o X. Vamos ver 2012...

Letícia Marina

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