Fim da redução do IPI traz mudanças a Indústria Automobilística
Governo encerrou medida no fim de março. Com termino, o que muda nas vendas do setor?
Letícia Marina - 5º período
A redução do IPI (Imposto de Produtos Industrializados) para veículos teve fim no início deste mês. A decisão de retornar a cobrança da taxa veio acompanhada de altos índices de vendas durante o período de benefício. A redução foi anunciada em dezembro, em meio a crise, quando as vendas de veículos enfrentavam uma forte queda.
Analisando o acumulado de janeiro a março deste ano, somam mais de 715,6 mil unidades vendidas. O número registrado é 12,7% maior do que o apresentando no mesmo período em 2009. A medida foi tão bem recebida pelos consumidores que o Governo optou pela prorrogação do prazo até o dia 31 de março.
“A redução foi positiva e necessária para o setor automotivo”, diz Eber Morais, jornalista especializado no setor automotivo. Para ele, a desoneração do imposto ajudou bastante a economia e cita o bom resultado nas vendas das montadoras como prova da melhoria.
A economista, Marlene Silva, diz que a medida foi essencial. “O Governo conseguiu aquecer as vendas com esta ação. A partir disto, a economia foi se fortalecendo e se recuperando da crise vinda dos Estados Unidos”, explica.
O governo priorizou os carros tidos como “populares”. Estes tiveram redução total do imposto. Veículos até 2.0 à gasolina, têm diminuição de 13% para 6,5%, e os flex ou álcool, de 11% para 5,5%.
Pablo Almeida, 19, e Rodrigo Borges, 25, aproveitaram o período para trocarem de automóveis. Pablo teve desconto de R$ 2 mil em sua compra. O estudante diz que a redução definitivamente o ajudou na troca. Já Rodrigo, teve R$ 5 mil abatidos no preço real de seu veículo. O bancário fez sua compra logo após o anúncio e garante que o IPI menor o motivou em sua escolha.
A volta do IPI
A crise provocou uma redução no preço e nas vendas dos automóveis, principalmente dos usados. No entanto, o mercado brasileiro conseguiu alcançar um equilíbrio. Sendo assim, as vendas deveram seguir um fluxo natural.
Dados da indústria automobilística mostram que as vendas de automóveis cresceram 4,77% em fevereiro em comparação a janeiro. “O mercado está aquecido, por isso os índices do setor não devem cair tanto”, analisa Marlene Silva.
Eber acredita que o consumidor não será prejudicado com o retorno do IPI. Para ele, as montadoras terão de investir em promoções para atrair o consumidor novamente. A grande concorrência no meio beneficiará muito o consumidor na questão dos preços.
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