domingo, julho 12, 2009

Ritmos de Goiânia

Chorinho conquista novos adeptos em Goiânia
Projeto “Grande Hotel Revive o Choro” contribui para resgatar, valorizar e incentivar em Goiânia este ritmo com mais de um século de existência


Foto: Reprodução
Nesta semana o especial “Ritmos de Goiânia” aborda o gênero considerado por muitos como a primeira música popular urbana típica do Brasil; o Choro ou Chorinho.

O ritmo originado do Rio de Janeiro, com mais de um século de existência, não faz jus ao nome, pois analisando as grandes produções, percebe-se justamente o contrário, por ser agitado e alegre. A melodia é executada por um ou mais instrumentos de solo, como bandolim, cavaquinho, flauta, violão e pandeiro.

Em Goiânia, o projeto “Grande Hotel Revive o Choro”, idealizado por Marley Costa e Oscar Wilde, tem como objetivo resgatar, valorizar e incentivar o choro, formando platéias e novos profissionais. As apresentações realizadas em frente ao Grande Hotel, no Centro de Goiânia, só puderam acontecer através do apoio do Secretário da Cultura, na época, Kleber Adorno, e pela parceria indispensável do Clube do Choro.

Marley Costa afirma que o choro é um gênero que agrada todas as faixas etárias, e com isto, é uma alternativa para se inserir em um contexto que não é totalmente dominado pela mídia. Seu projeto, que teve início em 2007 e realizou mais de 80 apresentações, fez ressurgir mais de 15 grupos de choro em Goiânia.

Entre esses grupos, há o conhecido e diferente Chorare. E apresenta como diferencial o fato de ser o único grupo em Goiás, em que há a inserção do choro cantado. Karine Serrano, cantora do grupo, afirma que a inserção do canto se deu por acreditarem que as três paixões do brasileiro são melancolia, poesia e ritmo. “O público que acompanha o único gênero musical, genuinamente brasileiro, o Choro, vem recebendo novos adeptos, mas no Grande Hotel constatamos, através de uma pesquisa feita pela UCG, que a faixa etária predominante era entre 20 a 35 anos”, diz.

O jovem Tiago Pires, 22 anos, estudante de jornalismo, diz que gosta de música brasileira, e que o choro é um gênero diferente das músicas que somos acostumados a ouvir, pois vem como uma nova opção para curtir e aproveitar. “O choro é um gênero musical calmo e atrativo. Sua melodia e ritmo agradam quem gosta da música brasileira, e o som instrumental faz com que ele seja diferente”, diz.

Matéria de: Angélica de Pádua e Letícia Marina

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