Por Letícia Marina
O sol já foi considerado um deus nas sociedades de antigamente. Hoje, a energia gerada a partir deste astro é considerada uma grande aliada contra o aquecimento global. A alta demanda por eletricidade e a poluição gerada pelas demais matrizes, obrigaram o homem a buscar fontes alternativas de energia.
“A transmissão da energia solar para a Terra se dá por meio da radiação eletromagnética”, explica o Professor e doutorando pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Régis de Castro Ferreira. A energia solar que incidente em nosso planeta em apenas um dia equivale a energia consumida pelo mundo por 27 anos. No entanto, todo esse potencial ainda não é bem aproveitado.
“Temos que ampliar e aumentar a capacidade instalada”, diz Ferreira. O aproveitamento desta energia pode acontecer de duas formas: a simples coleta e as placas fotovoltaicas. Na primeira, usam-se pequenos tubos que fazem a água circular dentro de uma caixa de vidro fechada, preparada para aumentar o calor que vem do sol e então aquecer a água. Na segunda, há o aproveitamento da luz do sol para produção de corrente elétrica. Essa energia produzida é armazenada em baterias.
“Atualmente, é uma energia complementar. Dificilmente conseguiríamos suprir a demanda energética apenas com a energia solar”, declara Régis Ferreira. Este tipo de energia alternativa é conhecido por sua pouca capacidade de poluição. A energia captada do sol também pode ser caracterizada como a menos finita. No entanto, a energia perde pontos por ter um elevado custo de fabricação e instalação dos painéis.
O doutorando destaca que o aquecimento global pode definir novas matrizes de energia. Ele cita a grande capacidade de adaptação da cana de açúcar a climas quentes como um grande privilégio para essa indústria. No entanto, afirma que não se deve concentrar o uso em apenas uma fonte. “Se ganha por um lado e perde-se pelo outro. Tem os impactos. Goiás pode se tornar um mar verde de cana”, diz Régis Ferreira.
A energia solar é considerada uma matriz limpa e não têm os graves impactos ambientais e sociais produzidos pelas demais matrizes. No entanto, o país ainda tem que investir muito nesta tecnologia para que consiga se tornar acessível para a população brasileira.
“Se incentivarmos o uso, esse custo cai com o tempo”, garante Ferreira.
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